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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Da SilenciosaMente


Silêncio, companhia de quem procura

Na ausência da amada criatura

O momento em que o coração mais reclama.

Já dizia a plagia do provérbio:

Mente vazia, oficina de quem ama.

Só digo isto, porque moro em um refúgio,

Onde não há um só rugido,

Onde sou vizinho da saudade,

E o silêncio o meu melhor amigo.

Se morasse em outra cidade,

Viveria um amor errado

Desses que se vê todo dia,

Em que a rotina é uma abusada companhia.

Que Deus perdoe meus pecados...

Mas se for pra viver assim

Prefiro viver só a "muito bem" acompanhado.

Que isto não seja uma praga, apenas um provérbio

Proferido nesta muda poesia

Onde versos não têm vozes

E as estrofes são vazias.

Onde muitas vezes se diz melhor calando

Do que falando em demasia...

(Víctor Sousza)