Quem dera que fôssemos abençoados por Hera,
E por todas as divindades da exosfera.
Quem dera que todo romance fosse fogo, fosse fera
E nossas vidas uma eterna primavera.
Quem dera que tua mendacidade fosse sincera,
E o nosso amor não fosse quimera.
Quem dera que ainda fôssemos amigos a espera
De um bom sorriso, quem dera (...)
Quem dera que todo aquele encanto
Fosse obra de santo
Pra que nunca, nunca, terminasse em pranto.
Quem dera, entretanto,
Que a saudade não fosse essa cratera
A degenerar a rima do último verso do último canto. (Víctor Sousza)
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